Pode dar suco para o bebê?

Os sucos, desde que sejam 100% naturais, podem ser oferecidos às crianças acima de 1 ano sem nenhum problema. Mas por que só após essa idade?

Até os 6 meses, a única necessidade que os bebês têm é do leite – seja materno ou fórmula – pois ele é suficiente para mantê-los saciados e hidratados. Ao iniciar a introdução alimentar após os 6 meses de idade, a água também deve ser ofertada.

Certo, mas por que não o suco, então?

Os bebês em idade de introdução alimentar, precisam ter contato com os alimentos da forma como eles são, para conhecer as diferentes texturas e sabores. Dar a fruta em forma de líquido impede essa experiência, pode dificultar a aceitação por esses alimentos, além de que os benefícios nutricionais são muito menores no suco do que na fruta in natura, como por exemplo, a quantidade de fibras.

Ao preparar um suco de frutas, mesmo que não coloque açúcar, você precisa de muitas frutas pra encher um copo, não é mesmo? Portanto, a quantidade de frutose (que é um açúcar) é muito maior no suco do que se o seu filho comer uma única fruta. E isso aumenta o risco de sobrepeso e obesidade.

Então agora que você já sabe, se for dar sucos pro seu bebê, dê apenas os naturais diretamente da fruta, e somente após os 12 meses de idade. Lembrando que a recomendação da quantidade de suco ingerida deve ficar em torno de 120 a 180 ml por dia.

Com carinho, Isadora
Pediatra CRM 35621
Neonatologista RQE 28717

Ar-condicionado no quarto do bebê: pode ou não pode?

Ouvimos muito por aí que é terminantemente proibido deixar o bebê em um ambiente com ar-condicionado. Mas a verdade é que, pode sim, ter climatizador no quartinho do bebê.

O ar-condicionado exige alguns cuidados, mas acredite, ele é uma ótima opção para manter o ambiente onde seu bebê dorme em uma temperatura agradável, afinal, o calorão veio com tudo, né?

Em dias que estiver muito quente, o ar pode ser ligado com uma temperatura média de 24-25ºC.

Faça as manutenções periódicas para que o dispositivo permaneça limpo.

Utilize umidificador no mesmo ambiente onde o ar condicionado está instalado.

Não deixe a saída de ar diretamente no bebê.

Com carinho, Isadora
Pediatra CRM 35621
Neonatologista RQE 28717

Cuidados com a decoração de Natal se você tem criança em casa

Substituir os enfeites da sua árvore de Natal por opções mais seguras não irá deixá-la sem graça.

Casas com bebês e crianças pequenas exigem uma atenção especial a tudo que possa conter peças pequenas, que são facilmente engolidas e podem causar engasgos.

O Natal pode (e deve) ser lindo, enfeitado e seguro!

Com carinho, Isadora
Pediatra CRM 35621
Neonatologista RQE 28717

Alimentos com alto risco de engasgo: conheça quais são

 Todos esses alimentos podem – e devem – ser oferecidos aos bebês durante a introdução alimentar, mas é preciso muita atenção para que isso seja feito da forma segura.

Alimentos redondos e pequenos devem ser cortados em formato de “canoa” (em 4 partes no sentido do comprimento).

As carnes devem ser bem cozidas, sem pedaços de gordura e com textura macia.

As castanhas e amendoim podem ser oferecidos em forma de pasta.

Já alimentos duros, como a maçã e a pêra devem ser cozidos ou raspados.

Com carinho, Isadora
Pediatra CRM 35621
Neonatologista RQE 28717

Engasgo X Reflexo de GAG: entenda a diferença

Agora você já sabe que o engasgo, sim, pode ser perigoso para seu bebê (ou para qualquer outra pessoa), mas o reflexo de gag, não. Mas como saber quando está acontecendo um ou outro?

Durante a fase de introdução alimentar, os bebês apresentam muito esse reflexo porque ainda estão conhecendo novas texturas, então quando algum alimento, que para aquele bebê ainda é estranho, entra em contato com a língua, automaticamente o corpo tenta “se defender” e pode acontecer uma ânsia e os olhinhos encherem de lágrima.

Seu filho continua respirando, você pode ouvir sons que ele emite, como tosse e choro. Não é preciso nenhuma intervenção, em poucos segundos isso se resolve sozinho.

Já o engasgo pode levar à dificuldade de respirar porque tem algum alimento ou objeto bloqueando a passagem do ar, o bebê vai ficando avermelhado e arroxeado, não consegue mais emitir sons, como tossir ou chorar e, se não houver intervenção rápida, ele pode ir ficando molinho por conta da falta de oxigenação e algo ainda mais grave pode acontecer.

É muito importante que você saiba diferenciar porque cada um deles exige uma atitude diferente.

Então vou te ensinar como diferenciar:

Aproveito o assunto para te relembrar de aprender a realizar a manobra de desengasgo. Todo mundo deve saber isso! Tem um vídeo recente aqui no meu perfil onde eu ensino como agir nesses casos.

Com carinho, Isadora
Pediatra CRM 35621
Neonatologista RQE 28717

O que é preciso avaliar nos primeiros meses de vida do bebê?

Mesmo bebês que nasceram saudáveis precisam do acompanhamento regular com o pediatra. O primeiro ano de vida é um período de muitas mudanças, principalmente os primeiros meses, por isso é preciso um olhar atento para o desenvolvimento do seu filho.

Nas primeiras consultas, o pediatra irá avaliar questões físicas e psicomotoras do bebê: ganho de peso, crescimento, perímetro cefálico e as habilidades adquiridas em cada período, por exemplo, se começou a responder aos estímulos sonoros, se está passando objetos de uma mão para outra, se está rolando, entre outras coisas.

Não é exagero que a recomendação é de que seu bebê compareça às consultas com tanta frequência no primeiro ano de vida. Esse é um período que pode influenciar em todo o restante da vida dele.

Com carinho, Isadora
Pediatra CRM 35621
Neonatologista RQE 28717

A importância do pediatra na sala de parto

O choro forte do bebê é um importante indicativo de que ele está respirando bem, por isso, quando o recém-nascido demora para chorar, há grandes esforços por parte da equipe médica para que ele consiga fazer isso logo.

Bebês saudáveis têm tônus muscular: conseguem flexionar pernas e braços assim que nascem. Se encolhem e se esticam com frequência durante o período em que estão acordados.

Outro fator extremamente importante que é avaliado assim que o bebê nasce é a respiração: bebês saudáveis precisam respirar de forma regular e sem esforço. Qualquer comportamento diferente disso merece atenção.

Os batimentos cardíacos também são indicativos de que está tudo bem ou se há algo de errado. E não menos importante, a idade gestacional também é avaliada. Bebês prematuros necessitam de cuidados especiais.

É importante ressaltar que bebês que nascem sem nenhuma intercorrência, que não precisem de atenção especial, devem ter o contato pele a pele com a mãe imediatamente.

Com carinho, Isadora
Pediatra CRM 35621
Neonatologista RQE 28717

Fatos importantes sobre a chupeta:

ntes de mais nada, esse post não é uma crítica às famílias que optam por oferecer a chupeta aos seus bebês. O que trago são apenas informações, nada além disso.

O uso da chupeta pode, sim, atrapalhar a amamentação, já que os movimentos de sucção nesse dispositivo exigem muito menos da musculatura orofacial do bebê;
Crianças que utilizam a chupeta tendem a ficar com o palato (céu da boca) mais profundo, o que influencia diretamente na respiração;
A posição natural de repouso da língua é no céu da boca (note agora como você, provavelmente, está encostando sua língua lá), mas a chupeta impede isso e faz com que a língua repouse na parte inferior da boca, prejudicando as funções desse órgão (mastigação, fala, articulação);
A chupeta influencia no desenvolvimento da linguagem, já que impede os movimentos naturais da musculatura, da boca e da língua quando a criança tenta falar.

Além das situações acima, a chupeta torna-se um hábito muito forte da criança, portanto sua retirada pode ser difícil, por isso é preciso paciência e esforço para não tornar sua retirada em um momento traumático.

Com carinho, Isadora
Pediatra CRM 35621
Neonatologista RQE 28717

Dentes nascendo, salivação, febre, diarreia: será que tem relação?

O nascimento dos dentes pode causar uma bagunça na rotina da casa. O bebê passa a demonstrar muita irritabilidade, choros sem outro motivo aparente e até mesmo o sono, que nessa fase já pode estar bem regulado, sofre algumas alterações.

Mas e a febre? Muitas famílias afirmam que o nascimento dos dentes vem acompanhado de episódios de febre, no entanto a medicina afirma que não há nenhuma evidência que comprove essa relação. O que acontece é que esse período pode coincidir com outras circunstâncias, como início da vida escolar, muito contato com outras crianças e maior exposição a vírus.

Outro fato importante que também não indica nascimento de dentes é a diarreia. Apesar de os pais notarem que as duas situações acontecem de forma simultânea, o motivo provável para a diarreia é a contaminação do bebê pelo fato de levar muito mais as mãos e objetos à boca durante o período em que os dentes estão nascendo.

E também vale a pena lembrar: bebê bem novinhos, entre 2 a 3 meses que estão a toda hora tentando colocar a mão na boca estão apenas na fase oral, descobrindo o mundo através da boca. Ou seja, não é indicativo de dentes nascendo. É uma fase natural de exploração.

Como foi com seu bebê? Você notou algum desses sintomas junto ao nascimento dos dentes?

Com carinho, Isadora
Pediatra CRM 35621
Neonatologista RQE 28717

Como agir quando a tosse não passa?

Antes de qualquer coisa, gostaria de ressaltar que é importante seguir as orientações dadas pelo pediatra em consulta. São diversos os motivos que causam tosse e é preciso tratar a causa, não apenas o sintoma.

De maneira geral, o que você pode fazer como forma de gerar um pouco de alívio à criança que está tossindo são:
– Mantê-la muito bem hidratada
– Evitar que ela fique exposta à poeira e ambientes com mofo
– Se for um bebê, deixa-lo no colo na vertical ou deitado com o tronco mais elevado que o restante do corpo
– Deixar a temperatura do ambiente aconchegante

Importante lembrar que, muitas vezes, oferecemos ou tomamos mel para sintomas gripais, mas isso não deve ser feito de maneira nenhuma para crianças menores de 2 anos.

Com carinho, Isadora
Pediatra CRM 35621
Neonatologista RQE 28717